Você, provavelmente, já sofreu com dor de cabeça em algum momento da vida. Neste mês, celebra-se o maio bordô, mês de conscientização sobre as cefaléias, que é o nome técnico na medicina para “dor de cabeça”.
O objetivo da campanha da Sociendade Brasileira de Cefaléia- “3 é demais”- é chamar atenção para este problema muitas vezes negligenciado, possibilitando o diagnóstico precoce de condições potencialmente mais graves, e evitar o autodiagnóstico e automedicação, que podem além de mascarar alguns sintomas, levar à cronificação da dor.
Saiba quando é hora de procurar um médico
A cefaleia pode ser um sintoma de várias condições clínicas, neurológicas ou não, ou pode ser a própria doença, quando chamamos de cefaléia primária. A cefaleias primárias são as mais comuns, principalmente a cefaléia tensional e a enxaqueca.
Na grande maioria dos casos o acompanhamento ambulatorial regular, com tratamento adequado para as crises de cefaléia, medidas de estilo de vida, e tratamento preventivo quando indicado, é o adequado. Porém algumas crises de cefaléia precisam de ser avaliadas com mais urgência, pelo risco de sérias complicações.
Mesmo que a maioria das dores de cabeça não escondam problemas mais graves, quando a dor apresentar pelo menos uma das características abaixo, chamadas de sinais de alarme, é hora de buscar ajuda profissional urgente:
- Quando acompanhada de algum sinal neurológico focal, como perda de força de um lado no corpo, dificuldade para falar ou entender comandos, perda visual, confusão mental, sonolência ou crise convulsiva;
- Quando ela é muito intensa e súbita, como um trovão, atingindo o ápice de intensidade em 1 minuto;
- Acompanhada de febre, dor ou rigidez no pescoço, ou manchas roxas na pele;
- Quando se inicia e aumenta progressivamente ao longo de semanas, especialmente se piorar ao deitar ou no meio da noite;
- Quando persistente em uma pessoa imunossuprimida ou com doença oncológica.
Como é o tratamento da cefaleia
O tratamento da cefaleia depende do tipo de cefaléia diagnosticada, se é primária ou secundária, da sua intensidade e frequência.
Para alguns casos a identificação de gatilhos para dor – como estresse, falta de hidratação, alimentos, privação de sono – e a implementação de mudanças de estilo de vida pode ser o suficiente para ficar livre das dores. Outros casos precisam de medicação de resgate nas crises, outros de tratamento profilático, e alguns até de intervenções cirúrgicas.
O tratamento das cefaléias é personalizado, direcionado para cada tipo de dor e para cada pessoa.
É importante lembrar que existem causas diferentes para a dor de cabeça, por isso o autodiagnóstico e autotratamento não devem ser considerados em nenhuma hipótese.
- Se você teve dor de cabeça por qualquer motivo pelo menos 3 vezes por mês nos últimos 3 meses, você precisa de avaliação especializada.
- Se você usa analgésicos com frequência devido a dor de cabeça, você precisa de avaliação especializada.
- Se você tem impacto nas suas atividades diárias e piora na sua qualidade de vida devido a dor de cabeça, você precisa de avaliação especializada.
- Se você quer viver livre de dor, procure avaliação especializada.