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Autismo

O que é autismo?

O autismo é um transtorno no desenvolvimento neurológico, que dificulta a comunicação, a interação social e afeta o comportamento do indivíduo.

Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a cada 110 pessoas há 1 caso de autismo no mundo. No Brasil, essa estimativa representa 2 milhões de pessoas com o transtorno.

Em geral, o diagnóstico do autismo ocorre na infância, pois comportamentos atípicos observados preocupam os pais, que procuram ajuda médica, chamam a atenção dos professores, ou são observados durante as consultas de rotina na pediatria.

Porém, o número de diagnósticos em adultos tem crescido significativamente nos últimos anos.

Isso acontece porque atualmente há muito mais informações sobre o autismo, e os critérios diagnósticos estão mais claros e atualizados. Tem sido muito frequente os pais buscarem seu próprio diagnóstico após passarem por avaliações e diagnóstico nos filhos, reconhecendo neles as mesmas características ao longo da vida.

Considerado um espectro, uma vez que cada pessoa afetada experimenta diferentes combinações dos traços autistas, certos comportamentos, antes vistos como partes da personalidade, dão indício da existência do transtorno.

Os sintomas do autismo em adultos, mesmo quando considerados mais leves, podem trazer muitas dificuldades no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos amorosos e familiares. Embora pareçam leves aos olhos dos outros, podem não ser para a própria pessoa e seus familiares.

Não há cura para o transtorno do espectro autista. Isso porque o autismo não é considerado uma doença. Mas mesmo assim, um diagnóstico correto pode ajudar pessoas a procurarem o suporte adequado de especialistas para lidar com aspectos do autismo que dificultem ou impeçam a prática de atividades do cotidiano.

Conhecer o diagnóstico, mesmo na idade adulta, pode trazer uma sensação de paz aos pacientes, por finalmente compreenderem o porquê de terem se sentido tão desencaixados durante toda a vida.

Quais as causas do autismo?

As causas do autismo ainda são desconhecidas pela comunidade científica. No entanto, estudos recentes apontam que, dentre as possíveis causas do transtorno, a genética desempenha uma contribuição de 97%. Ainda assim, não se sabe quais genes estão associados ao surgimento do transtorno do espectro autista.

Os fatores ambientais podem aumentar o risco de desenvolvimento do autismo. Entre os riscos mais relevantes estão:

  • Idade dos pais avançada;
  • Uso de drogas, álcool, tabaco e medicamentos durante a gestação;
  • Parto induzido;
  • Baixo peso do bebê;
  • Hipertensão e diabetes da mãe (pregressa ou se surge durante a gestação).

Quais são os sintomas do autismo?

Os primeiros sintomas do autismo podem começar a ser observados durante o segundo ou terceiro ano de vida, pois é nessa etapa que a criança começa a interagir com o ambiente e com as pessoas. A seguir, veja os sintomas mais comuns na infância:

  • Não mantém contato visual;
  • Expressões faciais limitadas;
  • Não brinca com as outras crianças, mas em paralelo;
  • Atraso no desenvolvimento da fala, ou não aprender a falar;
  • Não brinca de faz de conta;
  • Tem fixação por alguns objetos ou partes deles, como rodinhas;
  • Tem interesses restritos, por exemplo, só se interessa por dinossauros ou planetas;
  • Andar nas pontas dos pés;
  • Risos ou gargalhadas em momento inapropriado;
  • Repetição de palavras e gestos;
  • Não entende gestos e expressões de outras pessoas;
  • Agitação e angústia em situações de mudança de rotina;
  • Olhar fixo em lugares sem atração visual aparente;
  • Torcer mãos e dedos;
  • Se balançar para frente e para trás frequentemente;
  • Sentir incômodo em ambientes com barulho e/ou com muitas pessoas;
  • Hipersensibilidade à luz, ao toque de outras pessoas e mesmo a alguns tecidos;
  • Pode ter deficiência intelectual associada

Já na fase adolescente e adulta, os sintomas observados podem ser um pouco diferentes. Isso porque, se o diagnóstico ainda não ocorreu, os sintomas na fala e no comportamento podem ter sido menos marcantes na infância.

Além disso, adultos podem mascarar sintomas do autismo (de comportamento e rotina), porque, em geral, desenvolvem mecanismos para lidar com os seus desafios no dia a dia.

Mas, apesar disso, outros sintomas podem ser notados:

  • Pouco contato visual;
  • Não entende sarcasmo ou ironia;
  • Poucos amigos;
  • Falta de autonomia no trabalho;
  • Sintomas de ansiedade e depressão;
  • Baixa autoestima;
  • Dificuldade na interação com outras pessoas;
  • Falta de empatia.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de autismo é feito por uma equipe multidisciplinar, que envolve profissionais como pediatras e neuropediatras (em caso de pacientes crianças), neurologistas, psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos e outros especialistas.

O diagnóstico é baseado na observação do comportamento, além da análise do histórico familiar, idade dos pais, dos eventos ocorridos na gravidez etc. Para isso, os profissionais fazem uso de métodos padrões de diagnóstico, como o DSM-5 e o M-CHAT.

Como tratar autismo?

Como já mencionado, o autismo não tem cura e por isso o tratamento objetiva melhorar o bem-estar, trazer autonomia e o autoconhecimento para a pessoa autista.

Para isso, o tratamento, assim como o diagnóstico, precisa ser multidisciplinar.

Na infância, a estimulação precoce deve ser iniciada desde a primeira suspeita, ainda que não se tenha um diagnóstico definitivo.

A necessidade da quantidade de ajuda profissional dependerá dos sintomas apresentados e do nível de suporte, mas em geral, o tratamento passa por:

  • Terapia Ocupacional;
  • Fonoaudiologia;
  • Terapia individual e em grupo;
  • Acompanhamento neuropsicopedagógico;
  • Métodos terapêuticos que estimulem a interação e a socialização, como ABA, Teacch e PECS.

Os médicos também podem prescrever medicamentos para o controle de ansiedade, tratamento da depressão, transtornos comportamentais, insônia e outras condições associadas ao autismo.

Onde encontrar médico que trata autismo em Joinville?

Na busca pelo diagnóstico e tratamento do autismo, a ajuda de um profissional é de suma importância. Se você é de Joinville, a Dra. Renata Barbosa, que é Neurologista, está preparada para ajudar. Agende uma consulta!