O que é apneia do sono?
A apneia do sono se caracteriza por obstruções recorrentes da via aérea que leva o ar para os pulmões durante o sono. A passagem do ar fica impedida por pelo menos 10 segundos, várias vezes ao longo da noite. Isso provoca o despertar do paciente, o que impede o sono profundo reparador, prejudicando o descanso.
Podem ocorrer roncos, e outros ruídos semelhantes a engasgo, ou como se estivesse se afogando e tentasse puxar o ar.
As paradas na respiração reduzem a concentração de oxigênio no sangue, o que gera consequências mais graves. É que a redução do oxigênio eleva os batimentos cardíacos, o que estimula a contração de vasos sanguíneos, sobrecarrega o coração, além de favorecer processos inflamatórios. Nesse sentido, a apneia do sono se torna fator de risco para pressão alta, arritmia cardíaca, acúmulo de gordura no abdômen e resistência à insulina, o que favorece a diabetes tipo 2.
Estima-se que a apneia do sono atinge entre 30% a 35% da população brasileira, o que representa cerca de 70 milhões de pessoas. No entanto, apenas 10% dos casos são diagnosticados.
Quais os tipos de apneia do sono?
Existem três tipos de apneia do sono. São eles:
- Apneia obstrutiva do sono: é a mais frequente, causada pelo colabamento da via aérea com obstrução da passagem do ar para os pulmões durante o sono. É mais comum em pessoas obesas, que têm um estreitamento maior das vias aéreas superiores.
- Apneia central do sono: é mais rara e é provocada por um problema no cérebro, no controle da capacidade de regular o esforço respiratório durante o sono. Ocorre após um AVC, tumor cerebral ou doenças degenerativas do cérebro.
Apneia mista: quando há os dois tipos de apneia simultaneamente.
Sintomas de apneia do sono
Muitas vezes, as pessoas não se dão conta de que têm o problema e, para identificá-lo, é preciso ficar atento aos sinais.
Os principais sinais de alerta são o ronco e a sonolência excessiva com cochilos inapropriados.
Atentar para o relato do parceiro ou parceira, para quem dorme acompanhado, que pode relatar melhor sobre os roncos e as pausas da respiração durante o sono.
Outros sintomas podem também estar presentes, como dificuldades de concentração, dores de cabeça pela manhã, boca seca, irritabilidade, impotência sexual, além da respiração ofegante e sono fragmentado.
Causas da apneia do sono
Existem alguns fatores de risco para a apneia do sono.
A condição afeta com mais frequência pessoas adultas, acima de 65 anos, do sexo masculino. Mulheres após a menopausa passam a ter a mesma predisposição dos homens.
A obesidade, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o uso exagerado de sedativos, o aumento das amígdalas, adenoides ou da língua (macroglossia), o pescoço largo e algumas alterações craniofaciais, como o queixo pequeno e retraído, são condições que favorecem a apneia do sono.
Tratamento da apneia do sono
O tratamento visa manter a via aérea aberta durante o sono, para que não seja interrompido o fluxo de ar, e é multidisciplinar. Pode ser indicada avaliação e acompanhamento conjunto com outros profissionais, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, dentista e otorrinolaringologista.
O tratamento chamado “padrão ouro” para a apnéia obstrutiva do sono moderada ou grave é com uso de um aparelho chamado CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) durante o sono.
Ele é composto de um compressor de ar silencioso, que ligado a uma máscara que se encaixa no nariz (ocasionalmente nariz e boca), através de um tubo chamado de traqueia, mantém uma coluna de ar sob pressão que permite que o ar flua indo e voltando para os pulmões, sem que ocorra o colabamento dessa via aérea.
Outra opção de tratamento – que pode ser usada nos casos mais leves, ou quando há alguma impossibilidade ao uso do CPAP – é com os aparelhos intra-orais.
São dispositivos confeccionados sob medida e acoplados aos dentes antes de dormir, um pouco semelhantes aos aparelhos ortodônticos removíveis. Eles têm a função de segurar a mandíbula mais para frente, reduzindo o fechamento da via aérea quando ocorre o relaxamento muscular durante o sono. Podem ser usados em alguns casos também no tratamento de ronco.
O controle dos fatores de risco, a perda de peso e a prática de exercícios que melhoram o tônus da musculatura craniofacial e respiratória auxiliam no tratamento.
Algumas vezes, se é identificada alguma alteração anatômica, pode também ser indicada a cirurgia das vias aéreas ou craniofacial.
Onde encontro médico que trata apneia do sono em Joinville
A apneia do sono pode prejudicar a qualidade de vida do paciente, além de ser perigosa para quem tem fatores de risco e comorbidades associadas. Procure tratamento adequado.
Em Joinville, temos a neurologista Renata Barbosa que atua com ênfase em Medicina do Sono.