Em 19 de maio, ocorreu o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE).
A data tem o objetivo de conscientizar e chamar a atenção para as dores de cabeça, seus diferentes tipos e como a enfermidade pode afetar a vida das pessoas.
No Brasil, cerca de 30 milhões de pessoas sofrem com dores de cabeça, e segundo dados da International Headache Society, são mais de 150 tipos de dores de cabeça. Elas são divididas em dois grandes grupos – cefaléias primárias e secundárias. As cefaléias ditas primárias são aquelas em que a dor de cabeça é a própria doença, e as secundárias ocorrem devido a outras condições clínicas ou neurológicas.
Vários fatores podem contribuir como gatilhos ou facilitadores para surgimento das cefaléias, como desidratação, fadiga, privação de sono, estresse, uso excessivo de medicamentos e drogas recreativas, além de problemas dentários ou sinusais.
A cefaléia pode se manifestar com dores de intensidade leve, moderada ou intensa, com características diferentes em cada tipo de cefaléia, podendo ou não ter outros sintomas associados.
As cefaléias podem se tornar crônicas, principalmente devido ao uso abusivo de analgésicos.
O fato é que independente do tipo de cefaléia, ela pode ser bem incapacitante, afeta a rotina e qualidade de vida das pessoas e é um dos principais motivos de afastamento do trabalho.
Portanto como recomendado pela campanha da Sociedade Brasileira de Cefaleia – ” 3 é demais” – se você tem dor de cabeça de qualquer tipo, 3 vezes por mês, por pelo menos 3 meses, é indicado uma avaliação especializada com o neurologista.
Confira os tipos mais comuns de cefaleia
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Cefaleia tensional
Dores leves a moderadas, que geralmente não impedem as atividades do dia a dia, mas incomodam. Se manifesta como uma pressão dos dois lados da cabeça, não costuma ter sintomas associados. Quando mais intensa pode ser acompanhada de náuseas. Também conhecida como “dor de cabeça por estresse” ou dor de cabeça do tipo tensional (TTC), é uma cefaléia primária e é o tipo mais comum de dor de cabeça.
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Enxaqueca
A enxaqueca é um tipo de cefaleia primária, afeta pelo menos 15% da população mundial em algum momento da vida, sendo que 2% sofrem com enxaqueca crônica. è a segunda cefaléia mais comum. É mais frequente nas mulheres e quando há uma história familiar de enxaqueca.
Se manifesta com dor de padrão latejante em um lado da cabeça, associado a outros sintomas, principalmente sensibilidade à luz, ao barulho e a cheiros, além de náuseas e vômitos. Seu diagnóstico é pela forma de apresentação clínica característica.
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Cefaleia em salvas
É a mais intensa e dolorosa das dores de cabeça, ocorrendo frequentemente em homens. Manifesta-se nas áreas das têmporas e dos olhos, que é estritamente unilateral e ocorre várias vezes ao dia durante um certo período (daí o termo “salvas”), por 3 a 10 semanas. É acompanhada de lacrimejamento, olho vermelho e sensação de nariz trancado do lado da dor. As causas ainda não são bem estabelecidas para a ciência.
Como é feito o tratamento?
O tratamento de uma dor de cabeça depende da causa subjacente, pode envolver medicação para alívio da dor nas crises, e quando mais frequente ou crônica pode ser indicado um tratamento profilático, com o objetivo de reduzir a frequência e intensidade das crises, reduzindo assim o uso de analgésicos e melhorando a qualidade de vida.
Entretanto, para o sucesso do tratamento e prevenção é importante que sejam implementadas mudanças de hábitos do paciente, como uma alimentação adequada e balanceada, prática de atividades físicas regulares, controle de estresse e sono regular de 7 a 9 horas por noite.
